“Nuestro objetivo final es nada menos que lograr la integración del cine latinoamericano. Así de simple, y así de desmesurado”.
Gabriel García Márquez
Presidente (1927-2014)

ENTREVISTA
  • Petra Costa


    Entrevista exclusiva con la cineasta brasileña Petra Costa sobre su documental Elena
    Por Francisco Russo

    Exhibido por primera vez en el Festival de Brasilia de 2013, el largometraje documental brasileño Elena es una investigación de su directora, Petra Costa, sobre su hermana, Elena; a partir de relatos de sus familiares y de imágenes caseras. AdoroCinema entrevistó a la directora a propósito de este filme, quien habla sobre su propuesta y las expectativas tras su estreno. El filme viene de recibir el primer Coral en la categoría documental del  Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano.

    Tienes una carrera como actriz y decides que tu debut como directora en el largometraje sea un proyecto extremamente personal. ¿Cómo fue la decisión de arriesgarse de esta forma y por qué escogió este tema?

    Hace diez años antes de hacer este filme estaba cursando teatro y tenía que hacer una escena sobre mi vida. Fue en ese momento que encontré los diarios de mi hermana y me identifiqué completamente con ellos. Fue en ese momento que decidí hacer un filme sobre el tema de la crisis de identidad entre hermanas. Ya había investigado en escena algunas aristas de este tema, cinco o seis años más tarde resolví comenzar a realizar el filme.

    Algo que llama mucho la atención es el aspecto estético, especialmente el uso de escenas caseras y la narración en off. El filme se aparta bastante del convencional documental de su tipo. ¿Cómo arribó al formato que sería  utilizado en el filme?

    Este documental tiene una estética parecida a la de mi corto, Olhos de Ressaca, en el que descubrí esa estética más onírica y poética, la cual había gustado bastante. También habla de la memoria y del sueño, usando bastante material en Super 8, película de 16mm y VHS. En el caso del material nuevo, para el cual usé la cámara HD, busqué evitar las imágenes demasiado realistas y encontrar una mirada más subjetiva.

    Elena es un filme absolutamente personal, que le tiene que haber hecho hurgar bastante en el baúl de la memoria familiar. ¿Qué sintió cuando tuvo que lidiar con acontecimientos del pasado que, en el momento de hacer el filme, fueron traídos de vuelta al presente?

    Fue una mezcla de dolor y placer. La parte placentera fue que gané una hermana en este proceso; ya que tenía pocos recuerdos de Elena por ser mucho menor que ella, y la veía como una leyenda. A lo largo del filme, ella se fue convirtiendo en un ser humano, de carne y hueso, con diversas características. El proceso era como si constantemente estuviera ganando una hermana para, en seguida, perderla de nuevo, ya que sentía que ella ya no estaba más presente. Al mismo tiempo, el dolor fue muy grande, porque ahora tenía mucha más conciencia de lo que realmente había sucedido y de cuan trágico fue.

    ¿En que ciudades se ha estrenado el filme?   ¿Cuál ha sido su expectativa con el estreno?

    El filme se estrenó en São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador y Belo Horizonte, con 11 copias. Es difícil hablar de expectativa, porque es la primera vez que estreno un filme. Se ha realizado una muy buena promoción en Internet que ha tenido una respuesta muy positiva, gente  de todo el país que han mostrando su interés en ver el filme. Esto ha sido muy lindo, ver que Elena ha ganado vida fuera de Brasil, antes de ser estrenado.

    Entrevista exclusiva - Petra Costa fala sobre o documentário Elena
    By Francisco Russo

    Exibido em primeira mão no Festival de Brasília do ano passado, o documentário Elena chegará aos cinemas nesta sexta-feira, 10 de maio. O longa-metragem é uma investigação da diretora Petra Costa sobre sua irmã, Elena, a partir de relatos de seus familiares e de imagens caseiras. O AdoroCinema entrevistou a diretora sobre o filme, onde ela pôde falar sobre a proposta implementada e suas expectativas para o lançamento. O resultado da conversa você confere logo abaixo.

    AdoroCinema: Você tem uma carreira como atriz e resolveu estrear como diretora em longas com um projeto extremamente pessoal. Como foi a decisão de se arriscar desta forma e o porquê da escolha deste tema?

    Petra Costa: Dez anos antes de fazer este filme estava cursando teatro e fui fazer uma cena sobre o livro da vida. Foi neste momento que encontrei os diários da minha irmã e me identifiquei completamente neles. Ali decidi um dia fazer um filme sobre este tema da crise de identidade entre as irmãs. Já havia investigado em cena alguns momentos deste tema, mas cinco ou seis anos depois resolvi fazer o filme.

    AC: Algo que chama muito a atenção no filme é o lado estético, especialmente o uso de cenas caseiras e a narração em off. Ele foge bastante do convencional de documentários deste tipo. Como você chegou a este formato que seria usado no filme?

    Petra: Ele tem uma estética parecida com a do meu curta, Olhos de Ressaca, onde havia descoberto esta estética mais onírica e poética, que havia gostado bastante. É também uma forma de falar da memória e do sonho, usando bastante material em Super 8, película, 16mm e VHS. Já com o material novo, no qual usei a câmera HD, busquei evitar as imagens muito realistas e encontrar este olhar mais subjetivo.

    AC: Elena é um filme absolutamente pessoal que fez com que você mexesse bastante no baú de memórias da sua vida e de sua família. Qual foi a sua sensação ao ter que lidar com estes fatos do passado que, ao fazer o filme, foram trazidos de volta ao presente?

    Petra: Foi uma mistura de prazer e dor. A parte prazeirosa foi que ganhei uma irmã neste processo, já que tinha poucas memórias da Elena por ser muito pequena e a via meio como uma lenda. Ao longo do filme ela foi virando um ser humano, de carne e osso, com diversas características. O processo era como se eu constantemente estivesse ganhando uma irmã para em seguida perdê-la de novo, já que percebia que ela não estava mais presente. Ao mesmo tempo a dor foi muito grande porque tinha muito mais consciência para entender o que realmente aconteceu e o quão trágico foi.

    AC: O filme estreará nesta semana em quais cidades? Qual é a sua expectativa para o lançamento?

    Petra: O filme estreia nesta sexta em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte, com 11 cópias. É difícil falar em expectativa, porque é a primeira vez que estou lançando um filme. A gente tem feito uma campanha legal na internet e tem tido uma resposta muito boa, com pessoas do país inteiro demonstrando interesse em ver o filme. Tem sido muito bonito isso, ver a Elena ganhando vida Brasil afora antes mesmo do filme estrear.

    Resumen por: Fidel Jesús Quirós (traducido)

    (Fuente: AdoroCinema)


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